Renata Turba – mulher, mãe e empresária – comenta sobre sua experiência no mercado de trabalho

“Não pode haver dicotomia entre ser mãe e profissional.”

Comecei a trabalhar muito cedo.

Meu pai foi assinar como responsável pela minha conta bancária, pois o banco não pagava em dinheiro.

Por ter começado tão cedo no mercado de trabalho, quando tive minha primeira filha aos 30 anos, eu tinha responsabilidades profissionais muito mais urgentes que meu marido, que se formou um pouco antes e ainda não tinha uma situação profissional e financeira definida.

Se foi bom para mim? Foi ótimo! Porque a exigência para crescer profissionalmente e ter desafios técnicos a serem superados foram absolutamente importantes. Removi pedras e espinhos pelo meu caminho e meu foco era aprender, crescer na hierarquia empresarial e ter melhores rendimentos. Enfim, consegui.

Talvez se fosse buscar o depoimento dos meus dois filhos, Rachel e Eduardo, eu perceba que não tive tanto sucesso assim, como mãe. Porém tenho certeza que se lembrarão do meu amor e parceria!

Nós fomos, na nossa época, uma família rara. Hoje em dia isto é tão comum, que já aparece em folhetim!

Tenho muito que agradecer a DATAMEC, por além de ter uma creche interna de 3 meses há 1 ano dentro das instalações da empresa, permitia que as mães amamentassem durante o horário de trabalho. Isso é dez!!! Não tem preço. Mesmo!!!

É preciso que os empresários em geral façam isso, porque não pode haver dicotomia entre ser mãe e ser profissional! Meus agradecimentos sinceros. Sempre.

Depois, minha melhor experiência profissional foi a PwC, onde não importa seu sexo e sim seu trabalho, seu desempenho! Através da PwC, consegui meus melhores projetos, trabalhosos, mas que abriram a porta para o que é terceirização de processos de back-office.

Por conta de ter sido cria da PwC, tive a grande oportunidade de abrir uma empresa afiliada a Baker Tilly International. Muito orgulho e muita saudade – Beijos a todos!

Em 1 de setembro de 2017 voltei a deslanchar uma empresa em “em vôo solo”, o que significa não usar qualquer marca de afiliação. Somos, simplesmente, RTURBA.

50% dos nossos funcionários são mulheres e queremos dar todo suporte ao nosso time para que o não seja necessário sacrificar a vida profissional ou pessoal em detrimento da outra. Temos uma funcionária, inclusive, trabalhando em home office para melhor acompanhar sua filhinha com menos de um aninho de idade, sem qualquer redução de salário.

Enfim, sigo aqui, aos 60 anos, e satisfeita com o pequeno time que está comigo.

Uma salva de palmas para elas, para eles e para todas as mulheres pelo dia de hoje!!!